Como navegar a nova era de influência máquina-a-máquina sem perder a vantagem humana
Imagine que, no futuro próximo, quem decide comprar de você não é mais um ser humano — é uma inteligência artificial. Ela vai analisar dados, cruzar preferências, comparar avaliações e… clicar. Ou não.
Os negócios do futuro (e, na verdade, já do presente) precisarão ser moldados para serem encontrados, entendidos — e escolhidos — por máquinas. Isso muda completamente a forma como pensamos marketing, reputação e presença digital.
Machine-to-Machine: quando a persuasão muda de alvo
Em vez de nos comunicarmos com humanos, vamos nos comunicar com os algoritmos que filtram, priorizam e decidem o que chega até eles. É a era dos clicks of an AI.
Algumas empresas vão aprender a negociar, influenciar — e até tentar “enganar” algoritmos. Outras ficarão para trás, insistindo em conversar apenas com pessoas.
Alguns exemplos:
- Cadeias de Suprimentos: A Amazon utilizando IA para prever com precisão a demanda de mais de 400 milhões de produtos durante a Cyber Monday e acionar automaticamente pedidos a fornecedores.AI in Supply Chain Management: Cases and Examples - Inoxoft
- Comércio Eletrônico: A AliMe, da Alibaba, um chatbot com IA, lidando com milhões de consultas no Dia dos Solteiros, processando pedidos e economizando a necessidade de milhares de funcionários humanos adicionais.AI Agent Examples You Can't Ignore: How Smart Companies Are Scaling Faster Than Ever
- Manufatura: Robôs com IA trabalhando colaborativamente em linhas de montagem, ajustando suas ações com base em dados e feedback em tempo real de outras máquinas para o posicionamento preciso de componentes eletrônicos.How is AI being used in Manufacturing - IBM
O Paradoxo de Jevons e o excesso de conteúdo
Existe um paradoxo conhecido na economia chamado Jevons Paradox. Ele diz que, quando algo se torna mais eficiente, o uso daquele recurso aumenta — e não diminui. O mesmo está acontecendo com a IA.
Tornando o marketing, a criatividade e o desenvolvimento mais acessíveis. Resultado? Mais projetos, mais posts, mais vídeos, mais “criatividade” automatizada.
A barreira de entrada caiu. Mas isso não significa que o valor subiu. Significa que o ruído aumentou.
Criatividade ainda é uma vantagem humana?
Jazz, ideias serendipitosas como Viagra ou Ozempic… não nasceram da perfeição. Nasceram do acaso. Do erro. Do improviso.
E aqui está um dos maiores dilemas da IA: Ela simula com perfeição, mas não improvisa com intenção. Porque improviso, de verdade, nasce do erro — e disso, ela tenta fugir a todo custo.
O que de fato vai importar daqui pra frente?
- Repositórios de dados confiáveis (quem tem o dado, tem o jogo)
- Capacidade de influenciar algoritmos, não só pessoas
- Estilo autoral e curadoria criativa com assinatura humana
- Narrativas que performam com humanos e máquinas
- Prompts engenhosos que guiam a IA rumo à originalidade
Você já contou tudo para a IA
Google e IA já entendem mais de você do que seu melhor amigo. Você conta tudo para a IA. Ela aprende com seus padrões. Ela vai te conhecer, prever e antecipar — antes mesmo que você decida. Você se torna a própria fonte.
A vantagem humana ainda existe?
Sim. Mas ela mudou de lugar.
Hoje, sua vantagem não está mais só na criação. Está na intencionalidade de uso da tecnologia. Está na maneira como você mistura estilos, como blenda referências, como cria input com propósito.
Em resumo: seu input será o seu IP (Propriedade intelectual).
*Este artigo nasceu da mistura entre intuição humana e provocação algorítmica. Eu penso, a IA provoca.


